Jovem que depredou prefeitura realiza tratamento psiquiátrico

14 de maio de 2018

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O jovem de 23 anos que morava na rua nos últimos três meses foi internado no Instituto de Psiquiatria de Santa Catarina (IPQ) na cidade de São José na sexta-feira, 11. Ele havia depredado o prédio da Prefeitura de Guabiruba na quarta-feira, 9, e após detido e encaminhado para a Unidade Prisional Avançada (UPA) foi solto por determinação judicial voltando para as ruas do município, em especial para a Praça Theodoro Debatin, no Centro, onde passava a maior parte do seu tempo.

 

Na decisão judicial de quinta-feira, 10, o juiz Heriberto Max Dittrich Schmitt argumentou não estarem reunidos “fundamentos que possam legitimar a decretação da prisão cautelar”, pois o caso não retrataria “risco ao meio social, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal, de sorte que o caminho a ser seguido é o da sua liberdade provisória”.

 

Diante disso, a Prefeitura, por meio das secretarias de Saúde, Assistência Social e Administração, reuniu-se com seus profissionais da saúde, assessoria jurídica e com a mãe do jovem para verificar a conduta a ser adotada, visto que as várias intervenções realizadas entre os meses de fevereiro e maio, como consulta psiquiátrica (uso de medicações), atendimento odontológico e hospitalar, encontros do jovem com a família, possibilidade de emprego e moradia, entre outras ações, não resultaram em êxito. A dificuldade encontrada com o jovem desde o início, foi sua recusa em aceitar qualquer intervenção/acompanhamento, inclusive o uso da medicação.

 

A mãe do jovem também auxiliou o mesmo para sair da rua e retomar seu tratamento e o uso das medicações, porém todas tentativas sem sucesso. A Secretaria de Assistência Social acompanhava o caso juntamente com a Secretaria de Saúde, realizando atendimentos ao jovem em ambientes de saúde e também na praça onde o mesmo se encontrava. Após conversas conseguiu-se encaminhar o jovem para uma avaliação com o médico psiquiatra o qual indicou internação involuntária. O jovem se encontrava em uma situação não só de saúde mental mais sim em uma vulnerabilidade biopsicossocial.

 

A psicóloga da rede municipal de saúde Mônica Colombi, psicóloga especialista em psicologia clínica explica que a internação psiquiátrica somente é realizada mediante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos. “Existem três tipos de internação psiquiátrica. A internação voluntária, aquela que se dá com o consentimento do usuário; a internação involuntária, que ocorre sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro; e a internação compulsória, que é aquela determinada pela Justiça”.

 

A psicóloga reforça ainda que toda e qualquer internação psiquiátrica só é executada diante de indicação médica, de critérios clínicos e após esgotamento de intervenções extra- hospitalares. E que a internação é o último recurso a ser executado, sendo que a mesma não é a solução definitiva para o caso. “A internação psiquiátrica tem como objetivo a estabilização do quadro psiquiátrico, que geralmente não é de longo prazo e varia de pessoa para pessoa. O hospital realizará a alta e encaminhará o paciente para dar sequência no tratamento no município”, destaca.

 

Internação envolveu diversos órgãos

 

Para a internação na sexta-feira houve o envolvimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Corpo de Bombeiro, Polícia Militar, além de profissionais da saúde da prefeitura. O prefeito em exercício, Valmir Zirke, destaca o trabalho em equipe e conjunto na condução do caso. “O paciente foi para o Hospital de Azambuja com o SAMU e houve o encaminhamento psiquiátrico solicitando a internação involuntária com a autorização e presença da sua mãe, que acompanhou sua transferência para o IPQ feita pela Secretaria de Saúde com o suporte do Hospital de Azambuja”, ressalta Zirke. Ele também evidencia a cautela e cuidado na execução da internação, as Secretarias de Assistência Social e Saúde permanecerão acompanhando o caso. 

 

Segundo a mãe do jovem, o mesmo possui histórico de internações psiquiátricas involuntárias e acompanhamentos de saúde mental em diversos municípios. Em todos, após a estabilização do quadro psiquiátrico, o jovem suspendia o acompanhamento e o uso das medicações. “O desafio é conseguir com que ele continue com o tratamento após a alta do IPQ”, pontua a psicóloga Mônica.

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