Madeiras inservíveis abastecem secador e beneficiam agricultores

8 de fevereiro de 2018

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Toda madeira que não suporta ser reutilizada em obras públicas por causa das suas precárias condições serve para abastecer o secador de grãos de Guabiruba, que neste período funciona das 6h às 20h secando milho das plantações dos agricultores do município. O equipamento fica na Associação de Desenvolvimento Rural de Guabiruba (ADERG), entre as Secretarias de Obras e de Agricultura, na rua Paulo Kormann, e há cinco anos é abastecido por lenha oriunda de pontes velhas, galhos caídos em espaços públicos, entre outras estruturas de madeira que precisam ser trocadas.

 

Aproximadamente 40 produtores realizaram a secagem de grãos desde meados de janeiro. Foram secados até agora cerca de 2 mil sacos de milho, segundo o coordenador da ADERG, Ernesto Wippel. “Muitos fizeram silagem e quem optou por secar o grão começou na metade de janeiro”, afirma Wippel. “Não temos precisado comprar lenha devido essa parceria com as Secretarias de Agricultura e Obras”, complementa.

 

O secretário de Agricultura, Moacir Boos, enfatiza a redução de lixo e de gastos para os produtores com a reutilização da madeira. “É lixo que se torna ajuda para os produtores de milho. São mais de 100 metros de lenha por ano que não precisam ser comprados”, evidencia.

 

Reutilização mais presente

A reutilização dos materiais envolve ainda vias e drenagens pluviais. A rua Antônio Carminatti, do bairro São Pedro, foi pavimentada com os paralelepípedos da rua São Pedro, que recebeu asfalto. Os tubos que não suportam mais a drenagem de uma determinada via pelo seu tamanho, são readequados para outro local, bem como restos de calçadas e muros são utilizados em cabeceiras de pontes ou buracos que precisam de base mais sólida, entre outros.

 

O secretário de Obras e Serviços Públicos de Guabiruba, Jair Antônio Brambila, explica que algumas madeiras são reutilizadas nas próprias obras públicas, como suporte para colocação de tubos, enquanto outras, principalmente as de pontes em que há fluxo grande de caminhões, vão para o secador de grãos. “A madeira tem um tempo de vida útil, conforme o tipo e às condições que é submetida. Depois, precisa ser substituída”, pontua.

 

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