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Agosto Dourado: a amamentação vale ouro
11 de agosto de 2017
Emilene Espíndola Brandes chorou quando não conseguiu amamentar seu primeiro filho. Havia participado de cursos, conversado com o médico e se preparado para o nascimento do bebê. Também conhecia a importância do aleitamento materno e chegou a colocar seu bebê nos braços de uma amiga para ver se o choro constante do filho era fome. “Ele pegou naquele peito e não queria mais parar”, lembra. Foram quatro dias sem ter leite próprio, que mais pareceram uma eternidade para Emilene, professora que mora na Pomerânia em Guabiruba.
Assim que começou a ter leite, teve muito. Matou a fome do filho e sobrou. Foi assim que, há três anos, resolveu ser uma doadora de leite. Yago, o segundo filho, nasceu há 25 dias, e Emilene voltou a doar. “Aprendi como retirar e armazenar corretamente. Deixo na policlínica, que tem uma parceria com o Anjos do Peito”, conta ela que tenta aproveitar todo seu leite para ajudar outras crianças.
Emilene diz que os cursos que fez, bem como as orientações da doula e do médico foram essenciais para que conhecesse a importância do aleitamento materno. “Meu marido também me ajudou bastante. Ele encontrou um grupo de whatsApp chamado mães que amamentam. Lá tem dicas, vídeos, como fazer a massagem”.
Já Amanda da Silva Ribeiro, 32 anos, é mãe de primeira viagem, mas também já conhece os benefícios do aleitamento materno. Em novembro, nasce a Maite que deverá mamar até os seis meses, no mínimo, conforme a mãe. “Me preocupo com a saúde da minha filha. Penso que está bem disseminada a importância do aleitamento materno, mas ainda existem alguns mitos. Por isso acho importante o Agosto Dourado”, fala.
Ações do Agosto Dourado
Amanda se refere à campanha no mês de agosto que visa estimular as iniciativas relacionadas ao aleitamento materno. Sua médica, que atende na Unidade Básica de Saúde do Centro, Mariele Schaefer, destaca que o Agosto Dourado reforça a importância deste ato tão sublime de carinho e amor, fundamental para o bom desenvolvimento da criança e redução da morbimortalidade infantil.
“O aleitamento materno intensifica o vínculo entre mãe e filho, promove nutrição adequada e eficaz, protege o bebê contra algumas doenças infecciosas, diminui o risco de desenvolver alergias na criança, além de não ter custo financeiro e ser fator protetor contra o câncer de mama naquelas que amamentam”, reforça.
Segundo ela, a campanha mobiliza a sociedade e profissionais da área da saúde a perceber as dificuldades enfrentadas pela mãe e promover ações que auxiliem no aumento dos índices de aleitamento materno no país.
A nutricionista do Núcleo de Apoio à Saúde da Família – NASF, da Secretaria de Saúde de Guabiruba, Fernanda Habitzreuter, explica que a lei nº 13.435, de 12 de abril de 2017, institui agosto como o mês do aleitamento materno. Ela explica que Guabiruba aderiu à campanha enfeitando as Unidades Básicas de Saúde – UBS, distribuindo material de divulgação sobre os benefícios do aleitamento materno e os nutricionistas da prefeitura participaram da XI Seminário Regional de Aleitamento Materno do Médio Vale do Itajaí em Blumenau na quinta-feira, 10, para atualização sobre o tema.
“O aleitamento materno não é uma prática inata ao ser humano. Deve ser ensinada e amparada pela família e sociedade. O aprendizado pode proporcionar à mãe a capacidade de transformar o aleitamento numa experiência positiva e gratificante e a melhor forma de enfrentar esses desafios é contar com uma rede de apoio, pessoas que podem ajudar com informações confiáveis e com atitudes. Por isso, as nossas Unidades Básicas de Saúde podem orientar e responder eventuais dúvidas”, pontua a nutricionista.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3308-3101.