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Primeiro ensaio do Paixão e Morte de um Homem Livre
6 de março de 2017
Era por volta das 13h30 deste domingo, 5 de março, quando a gravação mais esperada ecoou pela primeira vez, no pátio da Igreja São Cristóvão, no bairro Aymoré, em Guabiruba. Os mais de 800 m² de palco foram usados pela primeira vez, por cerca de 200 atores voluntários. Apenas metade do elenco participou deste primeiro ensaio, que agora será repetido e incrementado pelos próximos cinco domingos, até a apresentação nos dias 13 e 14 de abril, respectivamente, Quinta e Sexta-Feira Santa.
"Chegou a hora de colocar em prática tudo que foi organizado e trabalhado por mais de um ano. Dá um frio na barriga, é verdade. Mas estamos otimistas e comprometidos com a proposta, na intenção de fazer um grande espetáculo", afirma o presidente da Associação Artístico Cultural São Pedro (AACSP), Marcelo do Nascimento.
Já o diretor artístico do projeto, Marcelo Carminatti, um dos fundadores da AACSP, manifestou sua alegria em estar iniciando esta nova fase. "Este trabalho tem o nosso jeito, o nosso sotaque e toda a nossa característica guabirubense de ser. Quando iniciamos o projeto, em 1986, com aproximadamente 20 pessoas, tínhamos um único objetivo: evangelizar através da arte. Hoje o espetáculo tomou uma proporção maior, mas o nosso objetivo continua o mesmo e o desafio é inovar e apresentar algo cada vez mais pesquisado e personalizado", explica Carminatti.
Venda de ingressos
Além do primeiro ensaio, todos os atores voluntários receberam ingressos para venda. A partir desta terça-feira, 7 de março, a compra também poderá ser feita em 15 pontos de distribuição. Em Guabiruba no Mercado Bom Dia (Lageado Baixo), Mercado Baron (São Pedro), Mercado Rothermel (Guabiruba Sul), Mercado Kohler (Aymoré), Secretaria da Igreja Matriz de Guabiruba (Centro) e na Fundação Cultural. Em Brusque a venda de ingressos será na Loja WJ (Centro) e na Secretaria da Paróquia São Luís Gonzaga. Há, ainda, ingressos disponíveis em todas as unidades do Supermercado Carol, em Guabiruba, Brusque, Nova Trento e Blumenau.
"Além disso saliento que todos os atores voluntários também estarão com ingressos disponíveis e ainda é possível reservar seu ingresso através da página do Espetáculo Paixão e Morte de Um Homem Livre no Facebook ou através do site www.aacsp.com.br", explica o conselheiro da AACSP responsável pela distribuição de ingressos, Luan Carlo de Pinho.
Segundo ele, são esperadas oito mil pessoas nas duas edições do projeto em 2017. Vale lembrar que na última edição, em 2015, as entradas da Sexta-Feira Santa esgotaram 10 dias antes da apresentação. "Este ano a divulgação começou mais cedo, não apenas em Guabiruba, mas em toda a região. Alguns grupos de outras cidades também estão entrando em contato e, por isso, pedimos para que a comunidade não deixe para garantir seu ingresso apenas na última hora", salienta.
O valor simbólico do ingresso é de R$ 10 e a meia entrada, R$ 5, destinada para crianças até sete anos, estudantes, idosos e pessoas com deficiência. As entradas têm cores diferentes e, por essa razão, é preciso informar no ato da compra qual dia se pretende prestigiar o evento: dia 13 de abril, às 21h ou dia 14 de abril, às 19h30.
Mais informações pelo telefone: (47) 99137-4740 ou (47) 99971-2699.
A narração de Maria
O pároco da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Guabiruba), padre Silvano da Costa, participou da abertura dos trabalhos neste domingo e abençoou as mais de 200 pessoas presentes, entre a comissão organizadora e atores voluntários.
"A Paixão e Morte de Jesus pode ser vista por dois aspectos: um fato histórico que é lembrado ou um fato atual, que não é um conto, nem uma história de ficção, mas que foi vivenciado há mais de dois mil anos e pelo qual hoje professamos nossa fé em Jesus. Que possamos sentir nesse local e neste projeto a presença de Deus, que caminha conosco", pontua padre Silvano.
Segundo ele, a arte, ao longo da história da humanidade, sempre foi sinal de conhecimento, de transmissão de aprendizado. Mas o desafio do espetáculo "Paixão e Morte de um Homem Livre" vai além. Ele também é um instrumento de evangelização.
"Não penso apenas nas pessoas que vão assistir ao teatro, mas as que fazem parte do projeto. São corações abertos para ser tocados por Deus, através da ação do Espírito Santo. A arte faz isso, ela torna o passado, presente. E o presente pode ser transformador", observa.
Para o religioso, a narração de Maria nesta edição do espetáculo marca também os 300 anos da aparição da imagem de Nossa Senhora Aparecida no Rio Paraíba e os 100 anos de aparição de Nossa Senhora de Fátima. "É o olhar de uma mãe, que recebe o anúncio do anjo, cria e educa seu filho salvador, o vê morrer na cruz, mas não perde a esperança e confia em Deus até o final. Esse olhar faz a diferença, especialmente para mulheres que são mães. É uma leitura para além da razão e que sobrepõe a emoção, pois mãe é alguém que vive por amor", ressalta.