É hora de refletir, estudar, brincar e aprender

19 de outubro de 2016

educação Notícias

Sentados em semicírculo, nove crianças observam as fotografias registradas pelo grupo durante uma visita ao Parque das Esculturas, em Brusque, no início do mês, e descobrem um pouco da história do artista que deu vida aquelas obras. Em seguida, selecionam duas das esculturas: a do renomado arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer “Tortura Nunca Mais” e “Torre de Samba”, de Jo Kley e seguem para a garagem do Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, localizado no bairro Guabiruba Sul, para reproduzirem, com argila e água, suas próprias obras de arte.

A atividade realizada na quarta-feira, 19, é uma das várias do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – SCFV, realizado por meio do Serviço de Proteção e Atendimento Integral às Famílias (PAIF) e do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado às Famílias e Indivíduos (PAEFI).  O SCFV é frequentado em Guabiruba por crianças entre seis e onze anos de idade com o objetivo de promover situações desafiadoras, de estímulo, reflexão e orientação na reconstrução de suas histórias e vivências individuais, coletivas e familiares.

Uma das responsáveis pelas oficinas é a facilitadora Andrea Souza Soares de Oliveira. Ela explica que participam do SCFV as crianças com alguma vulnerabilidade. “Trabalhamos a convivência familiar e comunitária, a questão dos vínculos, adversidades e conforme identificamos algo que necessita ser intercambiado com o grupo, incluímos nas atividades”, pontua.

Quase 20 crianças participam das oficinas semanalmente com o tema, neste ano, a identidade. A educadora social Talita Soares demonstra como o tema é amplo e pode ser trabalhado de diferentes ângulos. “A construção da identidade pessoal é um processo constante, incluindo mudanças da própria pessoa. Além da identidade pessoal, abordamos a identidade regional e o fortalecimento dos vínculos”, destaca.

A frequência dos alunos é assídua. Isabeli Lais Batschauer, 10 anos, conta que não falta às atividades. “Eu gosto bastante do CRAS. A gente interage com as outras pessoas, aprende e brinca bastante. É bem legal”, fala. “Eu não gosto de acordar cedo, mas sempre acordo pra vir pro CRAS. Às vezes trabalhamos em dupla e a gente se diverte e faz brincadeiras”, complementa o amigo de Isabeli, Adriel Renato da Silva.

Não são apenas as crianças que gostam das atividades. Os educadores também destacam a realização com esse tipo de trabalho. “É um serviço que dá muita realização. Nunca me imaginei sendo professora. Fiz o concurso para o CRAS e quando disseram que eu trabalharia com crianças fiquei assustada. Agora ouvir o ‘prô’, a alegria deles, não tem preço. A gente se sente realizado”.

Formas de Acesso

Para participar do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, o cidadão deve entrar em contato com o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS). Telefone (47) 3308-3117.

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