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Análises da água do rio demonstram excesso de alumínio e ferro
24 de junho de 2015
As análises laboratoriais das amostras de água coletadas no Rio Guabiruba Sul no dia 11 de junho demonstraram excesso de alumínio e ferro dissolvidos, o que causou a elevada turbidez impossibilitando a captação e tratamento de água pela Companhia Catarinense de Águas e Saneamento Básico – CASAN. Os minerais encontrados não são tóxicos e não provocaram dano ambiental, apenas sobrecarregam os filtros da Estação de Tratamento de Água – ETA, da CASAN. As amostras foram analisadas pela CTQ Análises Químicas Ambientais, de Santo André (São Paulo), e pelo Laboratório Regional da CASAN de Florianópolis.
Nas últimas semanas, os técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente investigaram a área e concluíram que esses minerais caíram nas águas do rio depois de uma queda de barreira. A secretária de Meio Ambiente, Bruna Eli Ebele, explica que antigamente havia uma usina hidrelétrica em Guabiruba, uma das primeiras construídas no estado e que, apesar de desativada, ainda existe sua estrutura de captação e canalização entre os bairros Lageado Alto e Planície. “Averiguamos um corte de vegetação próximo a essa canalização. Esse corte gerou instabilidade do solo, cujo teor de tapatinga é elevado, e a água da canalização levou esse solo para o ribeirão”, detalha Bruna.
Com os monitoramentos realizados na bacia do rio, não foi identificado nenhum prejuízo ao meio ambiente, como mortalidade da fauna aquática ou da mata ciliar, por causa do excesso dos minérios. No entanto, houve um crime ambiental no corte da vegetação, que foi ilegal. “Nessa situação é difícil encontrarmos o responsável pelo corte, pois a área é de difícil acesso. Mesmo assim, vamos continuar o monitoramento do local”, pontua a secretária.
O abastecimento de água ficou comprometido em Guabiruba nos dias 11 e 12 de junho, ocasionando o cancelamento das aulas no dia 12 em toda rede municipal e estadual de ensino.