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Será possível falar de saúde sem falar de doença? Ou levar saúde às pessoas sem ser pelo remédio? O Comitê Regional de Humanização do Médio Vale do Itajaí, do qual Guabiruba faz parte, tem mostrado que pela arte, criatividade e representação muitas vezes se encontra algum tipo de cura, ou pelo menos, a força para alcançar uma saúde melhor.

O Show de Talentos do SUS: A Arte da Humanização, realizado na última quinta-feira, 6, em Pomerode, reforçou essa ideia. No palco do Teatro Municipal, canto, dança, histórias, teatro, poesia, artesanato e pintura se transformaram em formas de promoção à saúde. Como? Mostrando de que forma a arte ajuda o ser humano a viver melhor, como as ações de musicoterapia e contação de histórias em hospitais e a superação de pacientes que por meio da música e dança encontraram uma maneira de romper os limites impostos por suas doenças.

Guabiruba participou do encontro com três apresentações. Uma de William Miranda Dematé, 16 anos, que não permitiu que sua deficiência visual o distanciasse da música. “A música está no meu coração”, diz ele, ao lado da mãe Dilair. Apesar de ter nascido com a baixa visão, desde os dois anos de idade mostrou aptidão para a música. “Aos quatro anos ganhei meu teclado. Não era profissional, mas desde lá não parei de tocar”, fala o adolescente que tem o sonho de ser um profissional da música.

Outra apresentação guabirubense foi do Grupo da Estratégia da Saúde da Família – ESF do bairro São Pedro. Elas criaram uma paródia da Música Balão Mágico para alertar a população sobre os perigos das Doenças Sexualmente Transmissíveis – DSTs. Já a terceira apresentação mostrou os talentos do usuário do SUS Matias Tiago Voss, que com 11 anos toca gaita com destreza.

Humaniza SUS

Conforme a coordenadora dos Programas de Saúde de Guabiruba, enfermeira Ana Luiza Erthal Scharf, a Secretaria de Saúde incentiva esse tipo de atividade, pois a humanização do atendimento e do SUS deve ser um dos pilares da saúde. “Falar da humanização do SUS é abordar o ser humano na sua integralidade”, pontuou ela, ressaltando que o evento contribuiu ainda para o desenvolvimento de talentos, para reforçar o trabalho em equipe dos profissionais da saúde e verificar diferentes formas de melhorar a saúde e a vida das pessoas.

Para a integrante do Comitê Regional de Humanização do Médio Vale do Itajaí desde 2005, Patricia de Souza Campos, a entidade surgiu para divulgar a Política Nacional de Humanização. “A política existe desde 2003 e em 2005 começamos essa mobilização regional para que se aplicasse as diretrizes e princípios do SUS nos 14 municípios do Médio Vale com o objetivo de integrar cada vez mais os usuários, gestores e trabalhadores do SUS para melhorar a gestão e a atenção da saúde”, afirmou.