Maria Madalena narra espetáculo Paixão e Morte de um Homem Livre

18 de fevereiro de 2015

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A 20ª edição do espetáculo Paixão e Morte de Um Homem Livre será narrada por Maria Madalena. A peça será encenada no pátio da Igreja de São Cristóvão, bairro Aymoré, Guabiruba, em dois dias: 2 de abril, às 20h30 e 3 de abril às 19h30, respectivamente, Quinta e Sexta-Feira Santa. É sob o ponto de vista da pecadora que se transformou em santa após ser salva do apedrejamento por Jesus que a Associação Artístico Cultural São Pedro (AACSP) apresenta a paixão de Cristo. O espetáculo é patrocinado pela Prefeitura de Guabiruba e pela empresa Guabifios, sendo a coordenação de projetos feita pela Prisma Cultural, por meio do inventivo da Lei Rouanet.

O diretor artístico da peça, Emerson Schmitd, 42 anos, explica que a cada montagem da peça, apresentada a cada dois anos, um narrador diferente é escolhido. Para 2015, a personagem incumbida desta função é Maria Madalena. Schmitd conta que Maria Madalena foi escolhida pelo personagem que ela representou: de uma pecadora, colocada à margem da sociedade. “Porque as mulheres já não tinham vez nem voz por serem mulheres e ela, pela questão de ser adúltera, era considerada menos ainda. E nesta situação, Jesus não coloca preconceitos. São os excluídos daquele tempo, que ele coloca para frente. Madalena foi escolhida também pelo significado que pode ter até os dias de hoje, quando dois mil anos depois temos uma sociedade tão preconceituosa com as mulheres. Não é só uma representação de uma história bíblica, queremos trazer uma mensagem de amor, de paz e fazer com que o público reflita um pouco”, afirma.

Segundo o diretor artístico, a intenção é trazer como pano de fundo a compaixão que Deus teve pelos menores, pelos excluídos, pelos que estão no fundo do poço. Outro aspecto importante sobre a narradora é a fé inabalável, sendo Maria Madalena a primeira a encontrar e a acreditar no Cristo ressuscitado.

Quem interpreta Maria Madalena no espetáculo é Joice Teresinha Alves Lana, 32 anos, que divide seu tempo entre o teatro, o esposo Edinei e o trabalho em tripla jornada: como vendedora atacadista, empreendedora na empresa de bordados que montou com o marido e como dona de casa. Ela se prepara para interpretar uma das personagens mais marcantes dos Evangelhos desde setembro de 2014, quando foi convidada para o papel. E em dezembro do ano passado, já foram gravadas as falas da personagem.

Joice, que já interpretou outra Maria vivendo a mãe de Jesus na edição de 2013 da Paixão, vive agora o frio na barriga constante pela responsabilidade de narrar a história. “Estou com um pouco de medo por ser a narradora. Acho que só vai passar no dia, quando terminar a peça e der tudo certo. Temos que estudar o texto para saber como vai ser a entonação das falas e principalmente quais as reações, se vou estar rindo, chorando. As oscilações de emoção às vezes na mesma cena é a parte mais complicada.

Além do papel, tanto Schmitd quanto Joice reforçam a importância da mensagem, que vai além da encenação de um texto bíblico e ultrapassa denominação religiosa, já que os ensinamentos de Jesus em relação ao amor e respeito ao próximo são universais. “Esta união e a vontade de passar a história de forma que as pessoas tentem uma maneira de se aproximar da Igreja, de Deus. E motivar as pessoas, trazer um pouco de esperança em um mundo melhor”, projeta a intérprete de Maria Madalena.

Fontes e pesquisa

A 20ª edição do espetáculo Paixão e Morte de Um Homem Livre começou a ser preparada logo ao final da última apresentação, em 2013. Schmitd detalha que tudo começa a partir dos possíveis narradores para o roteiro. O diretor artístico ressalta que cabe ao narrador fazer a amarração entre as cenas e, por consequência, é esta personagem que renova a narrativa ano a ano.

Definido o condutor da história, vem a parte da escrita do roteiro. Schmitd conta que o texto da 20ª edição foi redigido em aproximadamente quatro meses, concluído e entregue para aprovação da AACSP em outubro de 2013. O roteiro prevê falas para cerca de 60 personagens e, contanto os demais personagens, figurantes e equipe técnica, são mais de 400 pessoas produzindo o espetáculo. Schmitd observa ainda que o roteiro é baseado nos quatro Evangelhos e as fontes de pesquisa são diversas. “Estamos contando a vida de Jesus, que foi narrada lá nos quatro Evangelhos, então tento ser fiel a isto. Mas busco informações em tudo quanto é lugar. Na Bíblia, internet, desenhos animados, livros, filmes, DVDs, onde tiver alguma informação, vou buscar”, detalha o diretor que escreve o roteiro da peça pela terceira vez.

Há limite de quatro mil expectadores por apresentação e todos serão acomodados em cadeiras disponíveis no local. A venda antecipada de ingressos no valor de R$ 10 garante tranquilidade de acesso nos dias de espetáculo.

Fonte: AACSP

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