Guabiruba elabora planos e programas voltados às crianças e adolescentes

27 de novembro de 2014

Diretoria de Meio Ambiente Notícias

Em 2011 Guabiruba registrou 39 casos de Ato Infracional, crime cometido por adolescentes. Em 2012 foram 43, no ano seguinte 53 e até junho de 2014 o número chegou a 79. Os dados são do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente que, em parceria com a Prefeitura Municipal, iniciou um trabalho mais específico para crianças e adolescentes em estado de vulnerabilidade social. A previsão é de que os programas saiam do papel a partir de fevereiro de 2015.

Conforme o presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente de Guabiruba, José Henrique Filho, a entidade recebeu em julho, do Governo Federal, a proposta para instalar no município o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). “Nós não tínhamos programa de proteção, não tínhamos nenhuma medida sócio educativa, ou seja, não estávamos preparados para fazer o plano. Mas de lá para cá realizamos audiências, colhemos sugestões da população e dos órgãos públios e elaboramos o plano, que foi enviado à Brasília no dia 13 de novembro”, explica.

O trabalho resultou no Plano Municipal Decenal de Atendimento Socioeducativo e no Plano de Atendimento Integral de Proteção à Criança e ao Adolescente. Com isso, foram sistematizadas as ações envolvendo os adolescentes em conflito com a lei seguindo os eixos indicados pelo Plano Nacional: atendimento inicial, atendimento aos adolescentes e às famílias, medidas socioeducativas aos autores de Ato Infracional (prestação de serviços à comunidade e liberdade assistida), capacitação profissional e sistema de informação. “Antes o adolescente ia simplesmente pagar uma pena de prestação de serviço à comunidade. Isso não o educava. Agora será trabalhado com ele e com a família. O objetivo é reconstruir o indivíduo e devolvê-lo para a família e para a sociedade”, destaca o presidente.

Três programas serão implantados. Um é chamado de Prata, que irá trabalhar na recuperação de adolescentes envolvidos com álcool e drogas. O outro é denominado Hortas e Jardins, destinado aos adolescentes no contra turno escolar. O terceiro é o Jovem Aprendiz, programa para capacitar adolescentes de 14 a 16 anos e inserí-los no mercado de trabalho.

Fundo para a Infância e Adolescência

Uma das alternativas mais viáveis para implantação dos programas é por meio do Fundo para Infância e Adolescência (FIA). O presidente do Conselho relata que visita empresas e empresários distribuindo material explicativo sobre o Fundo e tirando dúvidas. “É um dinheiro que de qualquer forma o empresário ou a pessoa física terá que pagar, mas que através do FIA o valor pode ficar no próprio município”, pontua Filho. Mais informações sobre o assunto podem ser obtidas pelo telefone 3354-1698, na Secretaria de Assistência Social, Habitação e Emprego, sede também do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente de Guabiruba.

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